segunda-feira, 18 de março de 2013

Sarah Moon - uma fotografa fora de seu tempo


É difícil tentar resumir aqui a vida da grande fotografa  Sarah Moon, mas tentarei compartilhar com vocês brevemente o que mais me atraiu nela que tomou minha atenção de imediato graças um contato que segue o blog que por coinscidência se chama Sara também =D . ----

Antes que eu vá dizer qualquer coisa a respeito de Sarah , Sarah Moon começou como  modelo na década de 60 e nesse meio que vivia adquiriu gosto pela fotografia quando registrava o cotidiano  de  seus amigos no mundo da moda durante seu tempo livre. O interesse de Sarah  pela fotografia ia se expandindo  cada vez mais até um dia se tornar  uma lenda em sua própria vida. Já  conhecida por seus trabalhos personalizados desde os anos 70, Sarah continuou até os tempos de hoje a explorar um mundo de sua própria invenção sem repetição e também descompromissado.

Em 1970 Sarah se jogou na carreira como  fotógrafa, desenvolveu seu próprio estilo  profissional  tornando-se rapidamente conhecida e respeitada por sua visão engajada e pelo seu estilo que explorava  intensamente a presença da  suavidade ,do  romantismo e da melancólica, Sarah sempre se dedicava muito em explorar esse  mundo   imaginário que em seu consciente era   repleto  de sonhos e  fantasias fora de qualquer realidade comum e desconectada de seu  próprio tempo.



Quando o assunto envolvia retoques nas fotografias de suas modelos Sarah evitava usa-los porque achava que se ela avia captado o melhor de seu angulo e luz não seria necessário optar por retoques sendo que para ela isso seria a mesma coisa que julgar um defeito diante do físico de um pessoa, como seria também falsificar a imagem do próprio ser-humano devido a essa linguagem codificada de glamour ,sexo e purpurina impostos pelos os interesses do mundo do marketing que tira a essência verdadeira de uma boa fotografia de moda.


Ela é a primeira a admitir que, sendo bem conhecida, ela pode dar ao luxo de trabalhar de uma forma mais  sua . "Depois de todos esses anos, as pessoas me contratavam porque elas queriam a impressão que eu tinha diante das coisas. Eu sei como é difícil ganhar a vida como fotógrafa de moda, principalmente nos tempos de hoje onde o fluxo de fotógrafos é muito grande nesse setor, o mais importante é nunca deixar de acreditar em sua própria visão,  aquele que sabe parar pra  ouvir  sua própria voz interior. Isso, porém, é o que qualquer bom fotógrafo deveria  fazer. Isso, no final, é o que está em causa. Você tem que ouvir a sua própria voz, para trabalhar para si mesmo, e aceitar que você vai fazer uma grande diferença. 




No mundo fotográfico de Sarah acima de tudo  ela expõe uma visão completamente imaginária ,  onde o sobrenatural é  lindo, há presença de heroínas românicas habitando um espaço isolado diante de  paisagens ficcionais. Estas seriam  as histórias de momentos roubados, daquele "tempo morto" que já passou, como o fotógrafo coloca diante de eventos encenados. A nostalgia doce informa aquele universo mágico de Sarah, com uma presença constante de tons  monocromáticos e às vezes em tons de sépia-impressa ou vibrando com cores saturadas onde o tempo é o inimigo, e o  objetivo da fotógrafa seria o de preservar aquele momento imaginário assim como o sujeito reconhece que aquele tempo está passando e se surpreender diante de todo esse seguimento captado pela visão sonhadora de Sarah.



"Sarah admite que nunca se sentiu satisfeita diante de sua aparência física nos seus 16 anos quando   iniciou como modelo- "hoje em dia, as modelos começam a trabalhar quando elas mal completam 14 anos e você é aceito ou recusado por causa da maneira como você olha,se posiciona, seu peso e sua altura , não é fácil de lidar com toda essa pressão para essas jovens,  já as atrizes são aceitas ou recusadas pela sua personalidade e não pela sua aparência", coisa que para as pessoas parece que sempre foi mais fácil lidar com uma critica quanto a personalidade do que diante de sua aparência física.

Acima de tudo, Sarah representa uma  busca por esse momento fugaz e inesperado - a melancólica as vezes se torna  até mesmo um pouco macabra, mas nunca se afastando da presença do belo presente na beleza das pessoas . "Por uma fração de segundos, eu vejo um brilho de beleza passando", ela brinca. "Essa instância de graça que a gente vai perdendo com o tempo e que nunca mais vai acontecer de novo." 



Sarah já Assinou parcerias com campanhas de marcas de grande nomes  desde Cacharel, Dior, Chanel, Christian Lacroix,  até Comme dês Garçons entre outra também , além de editoriais para as principais revistas de moda , se tornou uma grande referência para muitos profissionais que admiram seu estilo até hoje!



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